sexta-feira, 30 de abril de 2010

Memórias


Memórias
Ramalde é a Freguesia que eu quase podia dizer onde nasci, pelo facto de ter vindo apenas com dois meses de idade, mas posso dizer que atravessei a funda e larga vala que existia na circunvalação, e por aqui fiquei até aos dias de hoje, cresci e conheci muitas pessoas simples, mas para mim muito importantes para a época, era uma freguesia bastante rural, com muita agricultura, embora também existia alguma indústria principalmente têxteis.
Mas o povo desse tempo apesar dos seus poucos recursos académicos, eram pessoas que sempre lutaram para o desenvolvimento desta freguesia, a pesar de na altura estarmos mergulhados numa ditadura e que as pessoa sentiam a partir da nossa junta de freguesia que tinha dois funcionários, mas toda a gente conhecia o senhor Antoninho, pelo trato e pelas dificuldades em tratar de qualquer assunto.
Mas com todas as dificuldades o povo desta freguesia não baixaram os braços e depois das horas rabalho árduo, reunindo-se em grupos, para formarem colectividades, assim começaram por fundar a Sociedade Cooperativa de Consumo e Produção em Ramalde, inaugurada em 08 de Dezembro de 1892, para servir os seus associados com um estabelecimento de mercearia e que vendia quase tudo, com melhores preços e condições, distribuindo dividendos aos seus associados no final de cada ano, e com as dificuldades da época servia para os associados fazeren o enxoval dos filhos, mas também fundaram um salão nobre para que os associados ocupassem os seus tempos livres criando um grupo de teatro amador, que nos abrilhantavam com excelentes espectáculos, estando sempre de portas abertas para fazer intercâmbios com outras colectividades e outros eventos.
Mas o povo continuava na sua luta pela dinamização da freguesia na cultura e no ano de 1897 fundaram a Banda Musical de Ramalde, que ao longo de um século representou a freguesia, como uma das melhores bandas filarmónicas, pena é que nesta altura esteja parada.
Mas no que se refere ao desporto também não foi esquecido e assim no ano de 1922, nasceu o Ramaldense Futebol Clube, que até aos dias de hoje se dedica ao desporto, futebol, hóquei em campo, e boxe, com vários títulos de campeões.
Em 1924 fundou-se mais uma colectividade o Conjunto Dramático a que foi dado o nome de 26 de Janeiro, data da sua inauguração, dedicando-se até aos dias de hoje ao teatro amador, e mais recentemente formaram o Racho Folclórico Com o mesmo nome.
Mas quando esta freguesia entrou na sua grande fase de crescimento, foi a partir da abertura da auto estrada, criaram-se infra-estruturas, nomeadamente vias de acesso, construção de edifícios para diversos fins, tornando-se uma zona industrial, criando-se muitos empregos na maioria para pessoas desta freguesia.
A seguir vieram a construção de novos bairros de casas económicas, e zonas habitacionais para pessoas de média-alta, começam a nascer as colectividades de bairro que são um pólo muito importante para o desenvolvimento da cultura para a juventude
Mas a paróquia de Ramalde não acompanhou o grande desenvolvimento populacional em termos de resoluções paroquiais, continuou com a mesma filosofia pelo menos até ao ano de 1992, em que durante estes anos apenas conheci dois párocos nesta freguesia, apesar do Ex.ª Senhor Doutor Diamantino Gomes falar várias vezes numa igreja nova o projecto nunca se fez, e até já tinha terreno, mas com o seu falecimento nasceu a esperança de um novo pároco, e o povo recebeu de braços abertos o Ex.mo Senhor Padre António Almiro Mendes que iria desenvolver esta paróquia, e num abrir e fechar de olhos os paroquianos estavam ao lado dele, cedo se começou a sentir o querer e a vontade de colocar esta freguesia paroquial á altura da população com a construção de uma nova igreja, e com a colaboração dos paroquianos e diversas entidades, se tornou uma realidade, o nascer de uma grande obra, com uma nova igreja para receber mil pessoas, e um centro paroquial para diversas actividades como a catequese, e outras, e ainda um auditório , além das infra-estruturas que obrigaram a Câmara do Porto a ter que as fazer.
Mas o Senhor Padre Almiro Mendes não parou e também mandou fazer obras de conservação na antiga igreja Paroquial, que continua aberta a toda a comunidade
Continua a surpeender com a sua vontade de fazer mais e melhor com novos eventos, utilizando as novas tecnologias, mas ainda lhe faltava cumprir uma missão que ele se propôs, e assim deixou os seus paroquianos e o seu conforto e partiu para a Guiné Bissau para trabalhar como voluntário sujeito a tudo, e o que viu ficou profundamente chocado de tal maneira que para poder ajudar escreveu um livro com o titulo “ Sinfonia das Palavras “ digno de ser lido, e com o dinheiro angariado na venda comprou uma viatura todo terreno e com mais uma aventura fez a rota do Dakar percorrendo pelas areias do deserto uma viagem com cerca de 5.600 quilometros para oferecer pessoalmente a dita viatura aos missionários, além do restante material informático e também algum financiamento para abrir poços de água que é um bém muito escasso.
Como paroquiano muito mais teria a dizer de um ppároco que foi enviado para esta paróquia por Deus e em boa hora, mas já o seu longo percurso não irá acabar porque é um lutador, e muito humano.
Alfredo Costa

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Parte de uma grande obra



Exmo Senhor Padre António Almiro Mendes

Rev. Pároco da Freguesia de Ramalde - Porto

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Cartão de Aniversário dirigido ao Rev. Dr. Diamantino Gomes

No dia de Aniversário do Ex.mo Semhor Reverendo Dr. Diamantino Gomes, Pároco da Igreja de Freguesia de Ramalde e Professor de Teologia, que durante muitos anos se notabilizou como Pároco, razão porque tive a satisfação de lhe enviar um cartão com a fotografia e um poema, no dia do seu aniversário, ao qual se mostrou muito satisfeito, faleceu em 1992 sendo sepultado na sua terra Natal em Penafiel, recordo como pessoa e Pároco pelo carinho, simpatia, e competência.






quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Pensar e Meditar

Devemos pensar e meditar o que se passa no
mundo em que vivemos
Não á nada que se possa alterar, a importância que temos, o valor das nossas vidas, pelo que apresentamos ser mais, pelo que fazemos e sabemos, mas também precisamos de ter amigos para dialogar-mos com pessoas, e que ao longo dos anos passados nos têm dado todo o carinho.

Começo por falar na nossa adolesçência, recordo a familia, os professores, que contribuiram para o inicio da nossa formação, o nome de amigos que ajudam em momentos dificeis, por isso não me posso esquecer, mas sim preocupar com as pessoas que partilham o nosso tempo.
Mas existe nos tempos que correm, quem ignorarem os nossos mais queridos, mas sim dos óscares, dos prémios nobel, dos melhores actores, nos troféus que servem para guardar e encherem de pó nas vitrinas, mas que em pouco tempo são esquecidos, mas tudo isto se passa no mundo em que vivemos, e que transmitimos aos nossos jovens.
Dá para pensar como no mundo tudo têm mudado.
A. Costa